O envelhecimento é um processo natural da vida que será enfrentado por todos em algum momento, seja experienciando ou acompanhando alguém.
No entanto, apesar de ser um fenômeno universal, a sociedade muitas vezes lida com a situação com uma certa discriminação que, muitas vezes, passa despercebida: o etarismo ou discriminação etária, especialmente em relação aos idosos.
Essa discriminação não apenas ocorre no ambiente social, como também permeia o núcleo familiar. Se trata de um preconceito baseado na idade, que se manifesta de diversas maneiras, como exclusão, estereotipação, desrespeito e até por meio de violência. A discriminação contra idosos pode ser velada, ou seja, se apresentar de forma sutil e disfarçada, dificultando sua identificação e ação contra ela. Em muitos casos, as próprias vítimas não se dão conta de que estão vivenciando e que estão sendo discriminadas.
Em algumas famílias, muitas vezes, é comum observar que os idosos são excluídos de decisões importantes, como se sua experiência de vida e conhecimento não fossem valiosos para determinadas situações. Além disso, é frequente que sejam tratados como incapazes ou até mesmo infantilizados, o que não apenas os desrespeita, mas também limita seu potencial e autonomia.
É comum que a atitude discriminante também se manifeste através de estereótipos negativos associados à velhice, como a ideia de que os idosos são frágeis, dependentes e, em muitos casos, improdutivos, o que não é verdade. Essa é uma visão estigmatizada que ignora o fato de que muitos idosos continuam ativos, saudáveis e capazes de contribuir significativamente para a sociedade e para seus núcleos familiares.
A discriminação velada contra idosos tem consequências graves para a saúde mental e física, uma vez que a exclusão e o isolamento podem levar à depressão, ansiedade e até mesmo agravar problemas de saúde já existentes.
Além disso, o etarismo limita as oportunidades de desenvolvimento e crescimento pessoal, afetando a qualidade de vida desses idosos.
Para que isto não ocorra, é fundamental promover a conscientização e a educação sobre a importância e o papel dos idosos. A sociedade deve valorizar a diversidade etária e reconhecer a importância dos idosos como membros ativos e contribuintes.
Já no âmbito familiar, é essencial fomentar o diálogo e a inclusão dos mais velhos nas decisões, respeitando sua autonomia e sabedoria adquirida ao longo da vida.
Visibilidade
No primeiro dia do mês de outubro, é comemorado o Dia Nacional do Idoso e Internacional da Terceira Idade. A data tem como objetivo, além de homenagear estas pessoas, o de conscientizar e sensibilizar a sociedade sobre o respeito e as necessidades desse público, fomentando assim ambientes de discussão sobre cuidados e políticas públicas para cuidados e assegurar direitos. Além de orientar familiares, equipe médica, cuidadores e a sociedade em geral para o respeito que deve existir com essa fase da vida.
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